Carpe Diem

"Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati. seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida aetas: carpe diem quam minimum credula postero." - Horatius

sábado, 9 de abril de 2011

O Rio chora

O recente massacre na escola de Realengo deixou a sociedade em choque. A comoção não se restringiu ao Rio ou ao Brasil: foi mundial, ocupando espaço de destaque no noticiário internacional. É natural que nos sintamos perplexos e desprotegidos frente a uma barbárie como esta. 
Já se fala em instalar cercas elétricas e detectores de metal nas escolas, numa tentativa de aumentar a segurança das crianças. Tenho dois filhos em idade escolar e não acredito que essa medida seja a mais acertada.
Isso poderia até mesmo ter um efeito oposto ao desejado, aumentando a dimensão da tragédia. A escola deve ser um ambiente acolhedor à comunidade. Quanto mais as famílias dos alunos estiverem envolvidas com a escola, mais forte esta será. O acesso deve ser controlado, isto é claro, mas devemos ter o cuidado de não afastar as pessoas que realmente queremos que estejam lá, como pais e responsáveis, além de outros colaboradores.
Ademais, acredito que este tenha sido um fato isolado: nossa sociedade não produz eventos como este em série. Loucos existem em qualquer lugar do mundo. O que se precisa restringir é o acesso às armas. Este, sim é o maior fator de risco de violência, contribuindo sobremaneira para a alta taxa de mortalidade entre jovens.
Para que a morte destes inocentes não tenha sido em vão, precisamos repensar essas questões: onde esse rapaz comprou as armas? Como aprendeu a atirar? Quais as suas motivações? 
Deixo meus profundos sentimentos pelas famílias das vítimas e pelas crianças sobreviventes, irremediavelmente traumatizadas.

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